Estudo revela estabilidade genética de populações da África Austral por 10 milênios

Oct 4, 2024

Imagem ilustrativa. Crédito: Science Photo Library via Canva.

Descubra como uma nova pesquisa de DNA revela estabilidade genética surpreendente nas populações da África Austral ao longo de 10.000 anos, destacando a continuidade entre os antigos e os grupos San e Khoekhoe modernos.

Uma nova pesquisa de DNA antigo revela informações valiosas sobre a evolução genética das populações da África Austral, destacando uma surpreendente estabilidade genética ao longo dos últimos 10.000 anos. O estudo, que analisou amostras do abrigo rochoso de Oakhurst, no sul da África, comparou genomas de indivíduos antigos com os de grupos modernos, como os San e os Khoekhoe.

Questões genéticas e a evolução populacional no sul da África

Pesquisadores analisaram os genomas de 13 indivíduos que viveram entre 10.000 e 1.300 anos atrás, utilizando tecnologias avançadas de sequenciamento de DNA para superar a degradação do material genético. O objetivo era entender como o patrimônio genético dessas antigas populações evoluiu e como ele se relaciona com os atuais grupos San e Khoekhoe.

Estabilidade genética ao longo de milênios

Uma das descobertas mais surpreendentes é que as populações que habitavam o sul da África há 10.000 anos compartilham notáveis semelhanças genéticas com os San e os Khoekhoe de hoje. Isso sugere uma continuidade genética impressionante, em contraste com regiões como Europa e Ásia, onde grandes migrações alteraram significativamente a composição populacional ao longo dos séculos.

A pesquisa indica que o sul da África experimentou pouca migração em larga escala até cerca de 1.200 anos atrás, quando novos grupos introduziram o pastoreio, a agricultura e novas línguas. Antes desse período, a genética das populações locais permaneceu amplamente estável.

Interação cultural e genética com novos grupos

A partir de 1.200 anos atrás, o cenário começou a mudar com a chegada de novos migrantes, que trouxeram tecnologias como o pastoreio e a agricultura, iniciando interações com os caçadores-coletores locais. Embora essas interações tenham causado algumas mudanças genéticas, a base genética anterior permaneceu significativa.

Expandindo o entendimento histórico e cultural das populações da África Austral

Apesar dos avanços significativos, o estudo enfrentou desafios, como o número limitado de genomas analisados — apenas 13 indivíduos tiveram o DNA sequenciado com sucesso — e as condições ambientais adversas que dificultaram a preservação do DNA antigo, exigindo técnicas especiais de extração, o que pode ter introduzido certos vieses. Para superar essas limitações e ampliar a compreensão da história genética da região, os pesquisadores planejam expandir os estudos, sequenciando mais genomas de diferentes áreas da África Austral.

Além disso, pretendem aprofundar a análise das interações entre pastores migrantes e caçadores-coletores, buscando revelar mais detalhes sobre as mudanças genéticas e culturais ao longo do tempo. Esses estudos visam iluminar a trajetória genética das populações da região e possibilitar uma reconstrução mais precisa das migrações e interações que moldaram sua diversidade genética.

Para explorar mais sobre a fascinante estabilidade genética das populações da África Austral e suas conexões históricas, leia a pesquisa completa. Clique aqui para acessar o estudo.




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