Vida em outro planeta? Gás ligado à vida é detectado no exoplaneta K2-18b

Vida em outro planeta? Gás ligado à vida é detectado no exoplaneta K2-18b

Vida em outro planeta? Gás ligado à vida é detectado no exoplaneta K2-18b

Apr 18, 2025

Apr 18, 2025

Impressão artística do exoplaneta K2-18b (à direita) orbitando a estrela anã vermelha K2-18. Crédito: ESA/Hubble, CC BY 4.0 <https://creativecommons.org/licenses/by/4.0>, via Wikimedia Commons.

Impressão artística do exoplaneta K2-18b (à direita) orbitando a estrela anã vermelha K2-18. Crédito: ESA/Hubble, CC BY 4.0 <https://creativecommons.org/licenses/by/4.0>, via Wikimedia Commons.

Cientistas detectaram possíveis sinais de gás associado à vida em K2-18b, a 124 anos-luz da Terra. Seria este um marco na busca por vida extraterrestre? Descubra o que já se sabe.

Cientistas detectaram possíveis sinais de gás associado à vida em K2-18b, a 124 anos-luz da Terra. Seria este um marco na busca por vida extraterrestre? Descubra o que já se sabe.

O universo pode estar nos enviando indícios reveladores. Em uma descoberta promissora, cientistas anunciaram a possível detecção de um gás relacionado à vida no exoplaneta K2-18b, localizado a 124 anos-luz da Terra. A análise foi realizada a partir de dados coletados pelo Telescópio Espacial James Webb (JWST), o mais avançado instrumento astronômico já lançado.

A pesquisa é liderada pelo professor Nikku Madhusudhan, da Universidade de Cambridge, cuja equipe está por trás desse achado potencialmente histórico.

Qual é o gás detectado?

Os pesquisadores identificaram sinais de dimetil sulfeto (DMS) ou dimetil dissulfeto (DMDS), compostos que, na Terra, são produzidos exclusivamente por organismos vivos — especialmente fitoplânctons marinhos e algumas bactérias.

A concentração estimada dessas substâncias em K2-18b seria milhares de vezes superior à encontrada no nosso planeta, o que levanta a hipótese instigante: poderia esse planeta abrigar formas de vida?

Cautela científica: ainda não é prova de vida

Apesar do entusiasmo que a descoberta gerou, os cientistas pedem prudência na interpretação dos dados. Atualmente, a margem de confiança é de três sigma, o que representa 99,7% de certeza — insuficiente para uma confirmação científica, que exige um nível de cinco sigma.

A equipe planeja realizar novas observações com o JWST, com o objetivo de reduzir a margem de erro e alcançar um grau de certeza mais robusto.

Outras possibilidades e hipóteses em avaliação

É importante considerar que a presença do DMS pode ter origens não biológicas. Alguns pesquisadores estão investigando, em laboratório, se esse gás poderia ser gerado por processos geológicos ou químicos ainda desconhecidos.

Outra hipótese avalia se o planeta teria um oceano de rocha derretida, e não água líquida — o que inviabilizaria formas de vida como conhecemos. Além disso, acredita-se que K2-18b possa ser um mini gigante gasoso, sem uma superfície sólida. A ausência de amônia, por outro lado, sugere a possível presença de água, o que mantém o debate em aberto.

Debate científico em andamento

A descoberta tem gerado discussões intensas entre especialistas. Pesquisadores como Catherine Heymans e Oliver Shorttle destacam as incertezas quanto à composição da atmosfera do planeta e à real origem do sinal detectado.

Já o Dr. Nicolas Wogan, da NASA, sugere que K2-18b seja um gigante gasoso, o que vai de encontro a análises anteriores feitas com o mesmo telescópio.

O que vem pela frente?

Novas observações com o Telescópio James Webb já estão programadas. Caso os sinais sejam confirmados, a descoberta poderá marcar um dos maiores avanços da ciência moderna, com potencial para transformar nossa compreensão sobre a vida no universo.

Para o professor Madhusudhan, este pode ser um passo decisivo rumo à resposta de uma das perguntas mais antigas da humanidade: estamos sós no cosmos?

Quer acompanhar os desdobramentos dessa descoberta? Leia o artigo original da BBC.

O universo pode estar nos enviando indícios reveladores. Em uma descoberta promissora, cientistas anunciaram a possível detecção de um gás relacionado à vida no exoplaneta K2-18b, localizado a 124 anos-luz da Terra. A análise foi realizada a partir de dados coletados pelo Telescópio Espacial James Webb (JWST), o mais avançado instrumento astronômico já lançado.

A pesquisa é liderada pelo professor Nikku Madhusudhan, da Universidade de Cambridge, cuja equipe está por trás desse achado potencialmente histórico.

Qual é o gás detectado?

Os pesquisadores identificaram sinais de dimetil sulfeto (DMS) ou dimetil dissulfeto (DMDS), compostos que, na Terra, são produzidos exclusivamente por organismos vivos — especialmente fitoplânctons marinhos e algumas bactérias.

A concentração estimada dessas substâncias em K2-18b seria milhares de vezes superior à encontrada no nosso planeta, o que levanta a hipótese instigante: poderia esse planeta abrigar formas de vida?

Cautela científica: ainda não é prova de vida

Apesar do entusiasmo que a descoberta gerou, os cientistas pedem prudência na interpretação dos dados. Atualmente, a margem de confiança é de três sigma, o que representa 99,7% de certeza — insuficiente para uma confirmação científica, que exige um nível de cinco sigma.

A equipe planeja realizar novas observações com o JWST, com o objetivo de reduzir a margem de erro e alcançar um grau de certeza mais robusto.

Outras possibilidades e hipóteses em avaliação

É importante considerar que a presença do DMS pode ter origens não biológicas. Alguns pesquisadores estão investigando, em laboratório, se esse gás poderia ser gerado por processos geológicos ou químicos ainda desconhecidos.

Outra hipótese avalia se o planeta teria um oceano de rocha derretida, e não água líquida — o que inviabilizaria formas de vida como conhecemos. Além disso, acredita-se que K2-18b possa ser um mini gigante gasoso, sem uma superfície sólida. A ausência de amônia, por outro lado, sugere a possível presença de água, o que mantém o debate em aberto.

Debate científico em andamento

A descoberta tem gerado discussões intensas entre especialistas. Pesquisadores como Catherine Heymans e Oliver Shorttle destacam as incertezas quanto à composição da atmosfera do planeta e à real origem do sinal detectado.

Já o Dr. Nicolas Wogan, da NASA, sugere que K2-18b seja um gigante gasoso, o que vai de encontro a análises anteriores feitas com o mesmo telescópio.

O que vem pela frente?

Novas observações com o Telescópio James Webb já estão programadas. Caso os sinais sejam confirmados, a descoberta poderá marcar um dos maiores avanços da ciência moderna, com potencial para transformar nossa compreensão sobre a vida no universo.

Para o professor Madhusudhan, este pode ser um passo decisivo rumo à resposta de uma das perguntas mais antigas da humanidade: estamos sós no cosmos?

Quer acompanhar os desdobramentos dessa descoberta? Leia o artigo original da BBC.

O universo pode estar nos enviando indícios reveladores. Em uma descoberta promissora, cientistas anunciaram a possível detecção de um gás relacionado à vida no exoplaneta K2-18b, localizado a 124 anos-luz da Terra. A análise foi realizada a partir de dados coletados pelo Telescópio Espacial James Webb (JWST), o mais avançado instrumento astronômico já lançado.

A pesquisa é liderada pelo professor Nikku Madhusudhan, da Universidade de Cambridge, cuja equipe está por trás desse achado potencialmente histórico.

Qual é o gás detectado?

Os pesquisadores identificaram sinais de dimetil sulfeto (DMS) ou dimetil dissulfeto (DMDS), compostos que, na Terra, são produzidos exclusivamente por organismos vivos — especialmente fitoplânctons marinhos e algumas bactérias.

A concentração estimada dessas substâncias em K2-18b seria milhares de vezes superior à encontrada no nosso planeta, o que levanta a hipótese instigante: poderia esse planeta abrigar formas de vida?

Cautela científica: ainda não é prova de vida

Apesar do entusiasmo que a descoberta gerou, os cientistas pedem prudência na interpretação dos dados. Atualmente, a margem de confiança é de três sigma, o que representa 99,7% de certeza — insuficiente para uma confirmação científica, que exige um nível de cinco sigma.

A equipe planeja realizar novas observações com o JWST, com o objetivo de reduzir a margem de erro e alcançar um grau de certeza mais robusto.

Outras possibilidades e hipóteses em avaliação

É importante considerar que a presença do DMS pode ter origens não biológicas. Alguns pesquisadores estão investigando, em laboratório, se esse gás poderia ser gerado por processos geológicos ou químicos ainda desconhecidos.

Outra hipótese avalia se o planeta teria um oceano de rocha derretida, e não água líquida — o que inviabilizaria formas de vida como conhecemos. Além disso, acredita-se que K2-18b possa ser um mini gigante gasoso, sem uma superfície sólida. A ausência de amônia, por outro lado, sugere a possível presença de água, o que mantém o debate em aberto.

Debate científico em andamento

A descoberta tem gerado discussões intensas entre especialistas. Pesquisadores como Catherine Heymans e Oliver Shorttle destacam as incertezas quanto à composição da atmosfera do planeta e à real origem do sinal detectado.

Já o Dr. Nicolas Wogan, da NASA, sugere que K2-18b seja um gigante gasoso, o que vai de encontro a análises anteriores feitas com o mesmo telescópio.

O que vem pela frente?

Novas observações com o Telescópio James Webb já estão programadas. Caso os sinais sejam confirmados, a descoberta poderá marcar um dos maiores avanços da ciência moderna, com potencial para transformar nossa compreensão sobre a vida no universo.

Para o professor Madhusudhan, este pode ser um passo decisivo rumo à resposta de uma das perguntas mais antigas da humanidade: estamos sós no cosmos?

Quer acompanhar os desdobramentos dessa descoberta? Leia o artigo original da BBC.

Compartilhar em:

Ver Também

Ver Também

Compartilhar em:

Compartilhar em:

Ver Também

Ver Também